Meu nome é Silvania Valle e há 25 anos eu estava exatamente no seu lugar! Ao me tornar mãe, percebi que queria fazer o melhor que eu pudesse na educação da minha filha...

...eu sabia que minha missão era orientar e apoiar emocionalmente minhas filhas.

Porém, enfrentei desafios. Fui bombardeada com informações conflitantes e conselhos que, mais tarde, se mostraram ineficazes e alguns até prejudiciais.

Após trabalhar por 13 anos com meu marido, como advogada em um dos melhores escritórios de advocacia de Belo Horizonte, eu tive que reduzir minha carga horária para dar mais assistência à nossa filha caçula. Eu e meu marido éramos constantemente chamados à escola dela para ouvir sobre os problemas de comportamento e de aprendizado que ela apresentava, o que me deixava extremamente desesperada e sem saber como lidar com isso.

Passei a adotar estratégias intuitivas, uma vez que, naquela época, ainda não existiam os resultados de estudos na área da neurociência que temos hoje, sobre educação infantil.

Hoje eu sei que o que ela precisava era de mais tempo de qualidade comigo, porque eu estudava e trabalhava demais e não tinha tempo de qualidade com ela. Ela precisava de mais atenção, mas também precisava de mais regras e limites já que, eu, para compensar a falta de tempo, evitava criar qualquer tipo de atrito e isso significava, muitas vezes, acabar cedendo às suas vontades.

Às vezes focamos tanto na demanda do dia a dia que não percebemos o que está acontecendo na nossa frente, na nossa casa e debaixo do nosso nariz. E muito disso também acontece por falta de  inteligência emocional nossa, afinal como iríamos ensinar algo que nunca nos foi ensinado? Aliás, que não é  ensinado até hoje.